quinta-feira, 13 de setembro de 2012




Finalmente, a atividade de contar histórias constitui-se numa experiência de relacionamento humano que tem uma qualidade única, insubstituível.

Uma vez, um antropólogo chegou numa tribo africana no mesmo dia em que uma televisão foi levada para aquele lugar. Todos os habitantes da aldeia passaram três dias em volta do aparelho, assistindo a todos os programas com grande interesse. Depois, abandonaram a televisão e não quiseram mais saber dela. O antropólogo perguntou-lhes se não iam mais assistir aos programas.
- Não - disse um deles - preferimos nosso contador de histórias.
- Mas a televisão - retrucou o antropólogo - não conhece muito mais histórias do que ele?
- Pode ser - respondeu o homem - mas o meu contador de histórias me conhece.

Regina Machado
Livro Acordais pg. 34

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O 4º A(o)gosto das Letras foi um sucesso! Confira a nossa participação nessa reportagem realizada pela TV Tem.


Gente, o festival literário de Ourinhos, A(o)gosto das Letras, foi uma delícia em todos os sentidos... 






Assista esse vídeo e conheça um pouco mais do nosso trabalho! 


Na Casinha da Esquina, As 4 Graças contam: Ruth Rocha, Ricardo Azevedo e muito mais! 
Para agendar ligue 14 3326 3254!


Em entrevista para Revista Carta Fundamental - Edição de dezembro de 2009, Ricardo Azevedo fala da forma como a cultura popular é identificada pelas crianças.

"Ocorre que a escola é muito voltada à um conhecimento técnico e costuma ignorar outros modelos culturais. Em um País que tem 70% de pessoas semi-analfabetas, milhares de brasileiros estão mergulhados na cultura popular. Quando uma criança filha de analfabetos chega à escola, é levada a pensar que seu pai e sua mãe não sabem nada afinal não sabem Língua Portuguesa, Geografia, História etc. Ora, eles têm toda uma cultura popular, riquíssima! O pior, essa criança pode passar a desprezar os próprios pais. Por outro lado, o conteúdo ensinado na escola é composto de princípios abstratos, informações impessoais e técnicas. Os temas da vida concreta não fazem parte do currículo. Talvez o desinteresse da maioria dos estudantes seja ligado a isso. Creio que a escola deveria estar muito mais atenta a questões como essas."